domingo, 25 de maio de 2014

Fora da Estante 2 – Obras de Ken Follett



O escritor britânico Kenneth Martin Follett, nasceu em Cardiff, no País de Gales, no dia cinco de junho de 1949. Primeiro filho de Martin Follett, um fiscal, e Lavínia ‘Veenie’ Follett, que posteriormente tiveram mais três filhos. Impedido pelos familiares de assistir a filmes e a televisão, ele desenvolveu um interesse precoce pela leitura, mas permaneceu um estudante indiferente até que ele entrou na adolescência. Sua família se mudou para Londres quando ele completou dez anos e ele começou a aplicar-se nos estudos na Harrow Weald Grammar School e na Poole Technical College, sendo assim, em 1967 foi admitido na University College London, onde estudou filosofia e se envolveu em política de centro-esquerda.

Ele se casou com sua primeira esposa, Mary, em 1968, e seu primeiro filho Emanuele nasceu no mesmo ano. Após a formatura, no outono de 1970 Follett fez um curso de três meses de pós-graduação em jornalismo e foi trabalhar como repórter estagiário em Cardiff no South Wales Echo. Depois de três anos, em Cardiff, ele retornou a Londres com o cargo de repórter para o Evening News. Após encontrar o trabalho mais sossegado ele finalmente deixou o jornalismo e entrou para o ramo das publicações e se tornou, por volta do final dos anos 1970, diretor-adjunto da editora londrina Everest Books.

Posteriormente passou a escrever contos, crônicas e ensaios de ficção por hobby, e, estimulado por alguns amigos mais próximos, começou a escrever romances ganhando logo o respeito de todos.

As histórias que cercam o primeiro livro de Follett são engraçadíssimas, pois reza a lenda que seu carro quebrou e sem ter o que fazer passou a escrever o livro e terminou o manuscrito em algumas semanas, o livro vendeu muito bem, a maioria para amigos e colegas admiradores dos seus escritos, com o dinheiro da venda dos exemplares ele pode consertar seu carro.

No início da carreira adotou vários pseudônimos, a saber: Symon Myles, Zachary Stone, Martin Martinsen e Bernard L. Ross, no entanto os mais recorrente foram o segundo e o quarto. 

Follett envolveu-se, durante o final de 1970, nas atividades do Partido Trabalhista Britânico. No curso de suas atividades políticas se encontrou com Barbara Broer, que se tornou sua segunda esposa, em 1984. Ela foi eleita como membro do Parlamento em 1997, representando Stevenage. Ela foi reeleita em 2001 e em 2005, mas não disputou a eleição geral em 2010 após se envolver no escândalo de despesas do Parlamento, onde estava entre as parlamentares com maior quantidade de gastos. Follett assim mesmo continua sendo um proeminente defensor do Trabalho. Em 2010 Folett foi o maior doador para a campanha de Ed Balls, que visava torná-lo líder do Partido Trabalhista, nessa época declarou: “Ed Balls é o único candidato a liderança do Partido Trabalhista que oferece um caminho para o crescimento econômico; seu tempo na tesouraria, com empréstimos baixos e crescimento elevado, mostra que ele é o verdadeiro candidato do centro nesta eleição. Somente Ed oferece um grande apelo a todos os eleitores e não tem medo de enfrentar a ala esquerda do partido, muito parecido com Tony Blair".

O sucesso veio aos poucos no começo, mas com a publicação de “Eye of the Needle”, em 1978, o fez tanto rico, quanto famoso internacionalmente. Esse foi o primeiro livro de Follett a entrar para as listas de mais vendidos, e, também foi o livro vencedor do Prêmio Edgar Alan Poe de melhor romance de 1978 (categoria criada em 1954). Depois dessa excelente recepção e dos maravilhosos elogios da crítica especializada e do público, escreveu com enorme sucesso rapidamente criando um público fiel e entusiasmado. Cada um dos romances subsequentes de Follett entravam para a lista de best-sellers do The New York Times. O tema recorrente de suas obras é a ação de espionagem e de guerra, o ritmo é rápido e com abundância de situações-clímax, que tendem a prender até mesmo os leitores mais neófitos. Suas obras são as prediletas dos produtores, diretores e roteiristas para serem adaptadas para a televisão, teatro e cinema, caso de “Eye of the Needle” e “The Key to Rebecca”.


Mas, foi em 1989 que Ken Follett lança obra-prima, “The Pillars of the Earth” que foge dos temas recorrentes, se tratando de romance épico sobre a construção de uma catedral na Europa da Idade Média; graças a uma dessa ironias do destino a obra não estourou na época do lançamento, ganhando espaço no boca-a-boca durante a década de 1990, quando era discutido em clubes do livro, reuniões, palestras, nos lares, nas escolas e nas universidades de todo o mundo.

Sinopse: “Na década de 70, quando Ken Follett ainda era um repórter do London Evening News, ele visitou uma catedral na cidadezinha de Peterborough, para passar o tempo enquanto o trem não chegava. A visita foi o início de uma obsessão que levou quinze anos para se transformar no livro que muitos consideram o melhor do autor de A chave de Rebecca e O buraco da agulha. Os pilares da terra é uma obra diferente das outras deste autor que é um dos preferidos de leitores de todo o mundo. Ao invés de manipular uma trama recheada de espiões e agentes secretos, como é seu costume, Ken Follett mergulha, aqui, na Inglaterra do século XII e na construção minuciosa de uma catedral gótica. Emocionante, complexo, pontilhado de coloridos detalhes históricos, Os pilares da terra traça o painel de um tempo conturbado, varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural. A figura que melhor expressa os ideais que inspiraram Ken Follett a escrever este livro é Philip, prior de Kingsbridge, um homem que luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. Mas a galeria de personagens que gravitam em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes. Épico que consegue captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas, Os pilares da terra é a recriação magistral de uma época que nossa imaginação não quer esquecer.”



























Recentemente, o livro foi eleito pelo The Times de Londres o segundo melhor romance dos últimos sessenta anos, atrás apenas de “O Sol é para todos” de Harper Lee.


Tamanhos os pedidos que Follett escreveu em 2007 a aclamada sequência “World Without End”. Todas as obras de Follett estão preservadas em coleção fechada em exposição permanente na Saginaw Valley University, nos E.E.U.U. e inclui comentários, notas de rodapé, esboços, ensaios, manuscritos e vasta correspondência.

Follett já admitiu ser um grande apreciador de Shakespeare como já alegava o estadunidense Harold Bloom. Ele também se dedica a música, sendo um autodidata no assunto, é casado com Barbara Broer Follett e tem dois filhos, vive na Inglaterra.

Em 15 de setembro de 2010, Follett, juntamente com 54 figuras públicas britãncias, assinaram uma carta aberta publicada no The Guardian assumindo oposição à visita do papa Bento XVI á Grã-Bretanha.

Obras

1974 – “The Big Needle” e “The Big Black” sob o pseudônimo de Symon Myles;

1975 – “The Big Hit” sob o pseudônimo de Symon Myles e ‘The Shakeout” como Ken Follett;

1976 – “Modigliani Scandal” sob o pseudônimo de Zachary Stone; “The Mystery Hideout” como Ken Follett; “The Power Twins” sob o pseudônimo de Martin Martinsen e “Amok: King of Legend” sob o pseudônimo de Bernard L. Ross;

1977 – “Paper Money” sob o pseudônimo de Zachary Stone;

1978 – “Capricorn One” sob o pseudônimo de Bernard L. Ross e “Eye of the Needle”, como Ken Follett, publicado no Brasil pela Record como "O buraco da agulha";

1979 – “Triple”, publicado no Brasil pela Record como "Triângulo";

1980 – “The Key to Rebecca”;

1982 – “The Man from St. Petersburg”, publicado no Brasil pela Record como "O homem de São Petersburgo";

1983 – “On Wings of Eagles”;

1986 – “Lie Down with Lions”;

1989 – “The Pillars of the Earth”, publicado no Brasil pela Rocco como “Os Pilares da Terra” em dois volumes;

1991 – “Night Over Water”;

1993 – “A Dangerous Fortune”, publicado no Brasil pela Record como "Uma fortuna perigosa";

1995 – “A Place Called Freedom”, publicado no Brasil pela Rocco como “Um lugar chamado Liberdade”;

1996 – “The Third Twin”, publicado no Brasil pela Rocco como “O terceiro gêmeo”;

1998 – “The Hammer of Eden”, publicado no Brasil pela Rocco como “O martelo do Éden”;

2000 – “Code to Zero”, publicado no Brasil pela Rocco como “Código explosivo”;

2001 – “Jackdaws”, publicado no Brasil pela Rocco como “Jackdaws: Agentes Especiais”;

2002 – “Hornet Flight”, publicado no Brasil pela Rocco como “O vôo da vespa”;

2004 – “Whiteout”, publicado no Brasil pela Rocco como “Tempo fechado”;

2007 – “World Without End”, publicado no Brasil pela Rocco como “Mundo sem fim”;

A obra é protagonizada pelos descendentes dos personagens de seu romance de maior sucesso, "Os pilares da terra". Desta vez, Follett acompanha a trajetória de quatro crianças que presenciam um crime e se comprometem a mantê-lo em segredo. Apesar das diferenças sociais que os separam em plena Idade Média, pelas três décadas seguintes suas vidas seguem se entrelaçando, em encontros e desencontros que geram todo tipo de sentimento, do maior amor ao ódio mais profundo.


2010 – “Fall of Giants”, publicado no Brasil pela Arqueiro como “Queda de Gigantes”, primeiro livro da trilogia "O Século";

Como em todas as obras de Follett, o contexto histórico foi pesquisado e reproduzido com minúcias, ensinando-nos mais do que o que aprendemos na escola. E, o que é melhor, por meio de uma trama fascinante, com um ritmo de tirar o fôlego e personagens tão ricos que mereciam ter realmente existido. Nos outros livros da trilogia "O Século", novas gerações das mesmas famílias testemunharão outros grandes episódios da história contemporânea.

2012 – “Winter of the World”, publicado no Brasil pela Arqueiro como “Inverno do Mundo”, segundo livro da trilogia "O Século";

O segundo volume, "Inverno do Mundo", lançado em setembro de 2012, tem como pano de fundo a Grande Depressão de 1929 e a Segunda Guerra Mundial.

2012 – “The Pillars of the Earth”, publicado no Brasil pela Rocco como “Os Pilares da Terra” saí em edição especial, capa dura, num único volume, integrando as duas partes da obra;

2014 – “Edge of Eternity”, será publicado no Brasil pela Arqueiro como “Eternidade por um Fio”, último livro da trilogia "O Século";

No terceiro volume, a ser publicado em 16 de setembro de 2014, a trama se passa durante a Guerra Fria.

Aliás, Ken Follett estará na Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2014, sua participação se dará no dia 30 de agosto, no estande da Editora Arqueiro, autografando a os primeiros dois volumes da trilogia "O Século", é aguardada com ansiedade a liberação da venda do terceiro livro para essa data! Só o futuro dirá...

Tradutores para o português Paulo Azevedo, Haroldo Netto e Pinheiro de Lemos.

O Grupo Editorial GMT, acionista da Editora Arqueiro fez declarações na imprensa afirmando que não editará as antigas obras de Follett, apenas os lançamentos.

É pena... Por enquanto, teremos de recorrer à EstanteVirtual.com.BR

Biografia:

Ken Follett: The Transformation of a Writer (ISBN 978-0879727987), escrito por Carlos Ramet, publicado pela editor Popular Press, em novembro de 1990

Mais informações podem ser obtidas nos sítios da Internet:

www.ken-follett.com;
www.sextante.com.br/quedadegigantes

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