sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sétimo ano da Saraiva MegaStore do Shopping Center Pátio Paulista

Por Carlos A. Guzo Braga

Livraria Saraiva Paulista
























Foto de Eduardo Mezzonato in: http://www.panoramio.com/photo/12615321

Hoje, 28 de novembro de 2014, a Saraiva MegaStore do Pátio Paulista comemora seu sétimo ano de existência. 

Colecionamos quase 200 colaboradores desde quando abrimos nossas portas naquela linda manhã em novembro de 2007 e começávamos timidamente a reunir clientes antigos com os novos, sempre trocando informações sobre nossas leituras e ajudando-os a escolher os livros para o mês. 

Estarmos juntos e podermos conversar com amigos que amam aquilo que fazem, ah! Isso foi uma das maiores realizações de nossas vidas e será lembrada para sempre.Hoje vamos parabenizar àquele “grupo novato” de sete anos atrás... Um grupo grande... Com personalidades diferentes e fortes... Um mix, uma torre de babel, de personalidades, atitudes de todos os jeitos e gostos que se poderia ter! Um verdadeiro “big brother”, com pessoas completamente diferentes e filosofias diferentes também!

Há sete anos passava a fazer parte da Equipe Mega Paulista pessoas que viriam a formar e contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento daquela que está fechando seu sétimo ciclo... E isso é só o inicio... A SARAIVA MEGASTORE DO PÁTIO PAULISTA, nascida sob o signo de sagitário... Destemida, como uma verdadeira sagitariana, faz sete anos hoje, 28 de novembro... Mas hoje nossos parabéns são para eles... Aqueles “novatos” aos quais nos referimos, mas que hoje se tornaram rapazes e moças grandes e destemidos(as) como a essência da livraria mãe.

Hoje se tornaram cada qual na sua importância, os melhores naquilo que podem fazer... Oferecer... Doar... Multiplicar... Produzir... Satisfazer... Emocionar!

Hoje aquele simples e ainda 'um pouquinho' quieto grupo de novatos, viraram multiplicadores, experts, especialistas, orientadores, consultores, treinadores, divulgadores, muito bem fortalecidos e maduros, arraigados numa estrutura que causa impacto como um efeito borboleta...

O sucesso da Mega Paulista hoje se deve em uma parcela, a vocês... OS PRIMEIROS, OS UNOS, OS PRIMOS, OS INICIADORES...

Àquelas telefonistas atenciosas do início, àquele grupo colérico do áudio, àquele grupo questionador da livraria, àquele grupo de caixas “perdido”, (num dezembro louco de 2007), àquelas meninas nota 10 do SAC, àquele grupo ágil e negociador dos eletrônicos, àquele grupo em um estoque totalmente entupido e complicado, enfim, àqueles que entraram para nossa equipe a exatos sete anos... Em 28 de novembro de 2007...

Queremos deixar registrado o prazer que foi ao longo desses anos trabalharmos com vocês... Em ensinar, mas antes de tudo... Em aprender também...Sabemos que muitos tentaram, porém muitos se perderam pelo caminho... Tenha sido por uma via ou por outra...Mas uma parte ainda está aí... Mantiveram-se firmes... E firmes vem seguindo nesse período todo, a saber: Adalgiza Costa Neta, Adriana Kawata, Ana Cláudia Monteiro Nunes, Cláudia BatistaMargarete D´Agostim Luiz, Pamela Gonçalves e Sadrac Leitão.

Sintam-se abraçados por nós, não de corpo presente... Mas por nossa essência... Que ainda está aí à espreita, observando e admirando o trabalho de vocês... Como sempre tentamos fazer... Fiquem com D-us... Permaneçam fortes e sadios... Parabéns equipe do nosso coração...

E àqueles que entraram depois, e que hoje não estão "fazendo aniversário" busquem se aprimorar com os “antigos” e aprenderem sempre... 

Mas a vocês, também deixamos nossos parabéns...

Carlinhos

* * * * *

Carlos A. Guzo Braga foi colaborador da Livraria Saraiva por mais de dez anos. Ocupando todoas as funções, desde vendas até gerenciamento, foi o primeiro Encarregado Geral da Saraiva do Pátio Paulista. 

domingo, 25 de maio de 2014

O Curso “Justiça” de Michael Sandel





Não é crível que uma livraria cadastre uma obra como "Justiça: O que é fazer a coisa certa", de Michael Sandel, publicado pela Editora Civilização Brasileira, na área de Filosofia, sendo que seu texto trata das questões da Justiça, e de suas implicações morais e éticas.

"Quais são nossos deveres para com os outros como pessoas de uma sociedade livre? O governo deve taxar o rico para ajudar o pobre? O livre mercado é justo? Pode ser errado, às vezes, falar a verdade? Matar pode ser moralmente necessário? É possível, ou desejável, legislar sobre a moral? Os direitos individuais e o bem comum conflitam entre si?”

O curso “Justiça” de Michael Sandel é um dos mais populares e influentes na Universidade de Harvard. Quase mil alunos aglomeram-se no anfiteatro do campus para ouvir Sandel relacionar as grandes questões da filosofia política aos mais prosaicos assuntos do dia e, neste outono, a rede pública de televisão transmitirá uma série baseada em suas aulas. Justiça oferece aos leitores a mesma jornada empolgante que atrai os alunos de Harvard.


Esta obra é uma exploração investigativa e lírica do significado de justiça que convida os leitores de todas as doutrinas políticas a considerar as controvérsias familiares de maneira nova e iluminada. Ação afirmativa, casamento entre pessoas do mesmo sexo, suicídio assistido, aborto, serviço militar, patriotismo e protesto, os limites morais dos mercados — Sandel dramatiza o desafio de meditar sobre esses conflitos e mostra como uma abordagem mais firme da filosofia pode nos ajudar a entender a política, a moralidade e também nossas convicções.

Justiça tem vida, provoca o raciocínio e é sábio — uma nova e essencial contribuição para a pequena prateleira dos livros que abordam, de forma convincente, as questões mais difíceis da nossa vida cívica.

Terminei de lê-la e conclui se tratar de um curso de filosofia jurídica for dummies que tanto poderia ser lida por um leigo no assunto quanto atenderia ao programa curricular de um curso de Filosofia Jurídica de uma Faculdade. Seu conteúdo é muito parecido com o do livro “Filosofia do Direito”, de Eduardo Bittar.

Ele é muito parecido com os manuais habituais, mas seu diferencial é no tratamento das questões de forma bastante didática e exemplificada, tratando de cada autor através de sua obra demonstrada em temas que você já vivenciou, viu ou ouviu falar.

Venhamos e convenhamos que o setor de filosofia não seja muito frequentado pela maioria dos operadores do Direito; felizmente, após a resolução nº 75, da qual tratei em artigo anterior, que exige a abordagem das questões da propedêutica jurídica nas seleções para ingresso na magistratura, essa situação vem mudando paulatinamente.

O público alvo dessa obra deveria ser a população leiga, no entanto, no Brasil é necessário que o alvo seja o setor jurídico e por isso penso estar com cadastro incorreto; por enquanto o analista jurídico-social é o alvo deste livro e não o contrário!

Na Livraria Saraiva, na Livraria Cultura, na Fnac sempre em filosofia. Ao indagar os responsáveis, me responderam ser a falta de um departamento de direito no selo Civilização Brasileira, do Grupo Record, motivo para tal disparate.

Penso não haver necessidade de a editora da obra possuir um editorial jurídico, para que o livro seja veiculado no setor de Direito das livrarias! Existem inúmeras obras jurídicas nas editoras de cultura geral, a saber: Globo, Companhia das Letras, Martins Fontes, Zahar, etc.; sendo que nelas não há um departamento específico e um editor de Direito!

Eu solicitei a alteração para filosofia do direito! Até agora, nada...

Livros Jurídicos do Grupo Record, da qual faz parte o selo editorial Civilização Brasileira, a saber:

* O Fiador dos Brasileiros: Cidadania, Escravidão e Direito Civil no Tempo de Antônio Rebouças, de Keila Grinberg;

* Ética, de Adolfo Sánchez Vázquez;

* Quem vigia os vigias: um estudo sobre o controle externo da polícia no Brasil, de Julita Lemgruber et ali;

* Descomplicando o Código de Defesa do Consumidor: explicações claras, precisas e objetivas, de Lúcio Wandeck de Brito Gomes;

* A Lei da Guerra: Direito Internacional e conflito armado, de Michael Byers;

* O Direito na Sociedade Moderna, de Roberto Mangabeira Unger;

* Direito e Politica: Os Direitos Humanos, de Leda Boechat Rodrigues;

* Maquiavel: A Política e o Estado Moderno, de António Gramsci;

* Elementos de Teoria Geral do Direito, de João Bosco Cavalcanti Lana; e,

* Além da Justiça, de Agnès Heller.

Assista em http://www.youtube.com/watch?v=kBdfcR-8hEY : Justice: What's The Right Thing To Do? Episode 01 "THE MORAL SIDE OF MURDER"

Mais informações em http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Sandel

Outras obras do autor:

* O que o dinheiro não compra: os limites morais do mercado.



* Contra a perfeição: ética na engenharia genética.

Aniversário: Os 45 anos da obra "Sociologia do Direito: O fenômeno jurídico como fato social", de Felippe Augusto de Miranda Rosa, publicado pela Editora Zahar




A primeira edição deste livro foi escrita em 1969 e foi publicada em 1970, já a segunda, revista e atualizada, teve a redação finalizada em 1971 e veio a público em 1972. Já se seguiram 18 edições, sendo que, a última vez que o autor revisou o texto foi em 1992, o que evidencia a consagração da obra. As questões tratadas neste livro abrangem todos os setores importantes em que a autonomia das ciências sociais se faz sentir _ desde a valorização programática dos estudos sociais até as considerações finais do autor, em que são tematizados problemas fronteiriços às questões fundamentais da própria Filosofia do Direito.

O Professor Miranda Rosa formula, nesta obra pioneira no Brasil, uma proposição teórica de grande importância a respeito da relação entre o Direito e os comportamentos de desvio às normas socialmente aprovadas, tema fascinante e rico em material polêmico. No final do volume, em apêndice, o autor aborda outro tema candente, que durante longos anos configurou-se como problema de grande magnitude: a censura no Brasil.

Este ensaio vigoroso, continuamente reeditado desde 1972, chega agora aos 45 anos, além de instrumento de trabalho universitário é também um estimulante desafio aos centros de decisão institucional de nossos meios políticos, administrativos e educacionais. Sobretudo nesse início do século 21, com a elaboração da Resolução nº 75 do CNJ, que julgou necessária a cobrança do estudo da propedêutica jurídica nas provas para ingresso na magistratura, cumprindo-se o desejo de Miranda Rosa, que faleceu vendo sua Sociologia do Direito sem o reconhecimento devido, dizendo a toda a gente que no campo normativo, a sua negação ou afastamento tem ocasionado impasses e incongruências responsáveis por deformações na vida brasileira. Agora Miranda Rosa finalmente descansa em paz!

Biografia:




Falecido em 14 de março de 2009 o professor doutor Felippe Augusto de Miranda Rosa, advogado, sociólogo, professor titular de sociologia jurídica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, juiz de direito e desembargador. Foi presidente do Tribunal de Alçada/RJ. Lecionou na PUC-Rio, e na Universidade da Guanabara. Casou-se com Lourdes Aragão. Perdeu a filha Margaret em 1996.

Com longa experiência de ensino e pesquisa, foi um pioneiro no campo dos estudos sobre direito e sociedade no Brasil, ao lado do professor Cláudio Souto, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Com uma grande visão intelectual, teve destacada atuação em entidades de estudos e pesquisa nacionais e internacionais, como:

Coordenador entre 1974 e 1977, do Comitê de Pesquisas para o Brasil na investigação patrocinada pelo Centro Internacional de Criminologia Comparada (CICC) da Universidade de Montreal, Canadá.

Diretor entre 1979 e 1981, da pesquisa internacional "O Direito e a Solução dos Conflitos Sociais", vinculada ao Projeto Law and Dispute Treatment (UNESCO/CEJUR/FINEP).

Na década de 1980, Miranda Rosa, entre tantas realizações recebeu os professores Boaventura de Souza Santos, da Universidade de Coimbra, e Niklas Luhman, da Universidade Bielefeld.

Integrou ainda importantes comissões de ensino e pesquisa, atuando como:

Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa "Direito e Sociedade" da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais (ANPOCS),

Membro do Research Committee on Sociology o Law-ISA, e,

Presidente da União Internacional dos Magistrados.

Além de colaborar com numerosos artigos para publicações científicas, escreveu diversas obras, entre elas "Patologia social", "Poder, Direito e Sociedade", "Justiça e autoritarismo" e também "Criminalidade e violência global"; além dessas é coautor de "Direito e conflito social", "Direito e mudança social" e "Jurisprudência e mudança social".


Mais informações em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=62373 ; http://www.zahar.com.br/autor/felippe-augusto-de-miranda-rosa ; http://www.zahar.com.br/livro/sociologia-do-direito.

Fora da Estante 2 – Obras de Ken Follett



O escritor britânico Kenneth Martin Follett, nasceu em Cardiff, no País de Gales, no dia cinco de junho de 1949. Primeiro filho de Martin Follett, um fiscal, e Lavínia ‘Veenie’ Follett, que posteriormente tiveram mais três filhos. Impedido pelos familiares de assistir a filmes e a televisão, ele desenvolveu um interesse precoce pela leitura, mas permaneceu um estudante indiferente até que ele entrou na adolescência. Sua família se mudou para Londres quando ele completou dez anos e ele começou a aplicar-se nos estudos na Harrow Weald Grammar School e na Poole Technical College, sendo assim, em 1967 foi admitido na University College London, onde estudou filosofia e se envolveu em política de centro-esquerda.

Ele se casou com sua primeira esposa, Mary, em 1968, e seu primeiro filho Emanuele nasceu no mesmo ano. Após a formatura, no outono de 1970 Follett fez um curso de três meses de pós-graduação em jornalismo e foi trabalhar como repórter estagiário em Cardiff no South Wales Echo. Depois de três anos, em Cardiff, ele retornou a Londres com o cargo de repórter para o Evening News. Após encontrar o trabalho mais sossegado ele finalmente deixou o jornalismo e entrou para o ramo das publicações e se tornou, por volta do final dos anos 1970, diretor-adjunto da editora londrina Everest Books.

Posteriormente passou a escrever contos, crônicas e ensaios de ficção por hobby, e, estimulado por alguns amigos mais próximos, começou a escrever romances ganhando logo o respeito de todos.

As histórias que cercam o primeiro livro de Follett são engraçadíssimas, pois reza a lenda que seu carro quebrou e sem ter o que fazer passou a escrever o livro e terminou o manuscrito em algumas semanas, o livro vendeu muito bem, a maioria para amigos e colegas admiradores dos seus escritos, com o dinheiro da venda dos exemplares ele pode consertar seu carro.

No início da carreira adotou vários pseudônimos, a saber: Symon Myles, Zachary Stone, Martin Martinsen e Bernard L. Ross, no entanto os mais recorrente foram o segundo e o quarto. 

Follett envolveu-se, durante o final de 1970, nas atividades do Partido Trabalhista Britânico. No curso de suas atividades políticas se encontrou com Barbara Broer, que se tornou sua segunda esposa, em 1984. Ela foi eleita como membro do Parlamento em 1997, representando Stevenage. Ela foi reeleita em 2001 e em 2005, mas não disputou a eleição geral em 2010 após se envolver no escândalo de despesas do Parlamento, onde estava entre as parlamentares com maior quantidade de gastos. Follett assim mesmo continua sendo um proeminente defensor do Trabalho. Em 2010 Folett foi o maior doador para a campanha de Ed Balls, que visava torná-lo líder do Partido Trabalhista, nessa época declarou: “Ed Balls é o único candidato a liderança do Partido Trabalhista que oferece um caminho para o crescimento econômico; seu tempo na tesouraria, com empréstimos baixos e crescimento elevado, mostra que ele é o verdadeiro candidato do centro nesta eleição. Somente Ed oferece um grande apelo a todos os eleitores e não tem medo de enfrentar a ala esquerda do partido, muito parecido com Tony Blair".

O sucesso veio aos poucos no começo, mas com a publicação de “Eye of the Needle”, em 1978, o fez tanto rico, quanto famoso internacionalmente. Esse foi o primeiro livro de Follett a entrar para as listas de mais vendidos, e, também foi o livro vencedor do Prêmio Edgar Alan Poe de melhor romance de 1978 (categoria criada em 1954). Depois dessa excelente recepção e dos maravilhosos elogios da crítica especializada e do público, escreveu com enorme sucesso rapidamente criando um público fiel e entusiasmado. Cada um dos romances subsequentes de Follett entravam para a lista de best-sellers do The New York Times. O tema recorrente de suas obras é a ação de espionagem e de guerra, o ritmo é rápido e com abundância de situações-clímax, que tendem a prender até mesmo os leitores mais neófitos. Suas obras são as prediletas dos produtores, diretores e roteiristas para serem adaptadas para a televisão, teatro e cinema, caso de “Eye of the Needle” e “The Key to Rebecca”.


Mas, foi em 1989 que Ken Follett lança obra-prima, “The Pillars of the Earth” que foge dos temas recorrentes, se tratando de romance épico sobre a construção de uma catedral na Europa da Idade Média; graças a uma dessa ironias do destino a obra não estourou na época do lançamento, ganhando espaço no boca-a-boca durante a década de 1990, quando era discutido em clubes do livro, reuniões, palestras, nos lares, nas escolas e nas universidades de todo o mundo.

Sinopse: “Na década de 70, quando Ken Follett ainda era um repórter do London Evening News, ele visitou uma catedral na cidadezinha de Peterborough, para passar o tempo enquanto o trem não chegava. A visita foi o início de uma obsessão que levou quinze anos para se transformar no livro que muitos consideram o melhor do autor de A chave de Rebecca e O buraco da agulha. Os pilares da terra é uma obra diferente das outras deste autor que é um dos preferidos de leitores de todo o mundo. Ao invés de manipular uma trama recheada de espiões e agentes secretos, como é seu costume, Ken Follett mergulha, aqui, na Inglaterra do século XII e na construção minuciosa de uma catedral gótica. Emocionante, complexo, pontilhado de coloridos detalhes históricos, Os pilares da terra traça o painel de um tempo conturbado, varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural. A figura que melhor expressa os ideais que inspiraram Ken Follett a escrever este livro é Philip, prior de Kingsbridge, um homem que luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. Mas a galeria de personagens que gravitam em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes. Épico que consegue captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas, Os pilares da terra é a recriação magistral de uma época que nossa imaginação não quer esquecer.”



























Recentemente, o livro foi eleito pelo The Times de Londres o segundo melhor romance dos últimos sessenta anos, atrás apenas de “O Sol é para todos” de Harper Lee.


Tamanhos os pedidos que Follett escreveu em 2007 a aclamada sequência “World Without End”. Todas as obras de Follett estão preservadas em coleção fechada em exposição permanente na Saginaw Valley University, nos E.E.U.U. e inclui comentários, notas de rodapé, esboços, ensaios, manuscritos e vasta correspondência.

Follett já admitiu ser um grande apreciador de Shakespeare como já alegava o estadunidense Harold Bloom. Ele também se dedica a música, sendo um autodidata no assunto, é casado com Barbara Broer Follett e tem dois filhos, vive na Inglaterra.

Em 15 de setembro de 2010, Follett, juntamente com 54 figuras públicas britãncias, assinaram uma carta aberta publicada no The Guardian assumindo oposição à visita do papa Bento XVI á Grã-Bretanha.

Obras

1974 – “The Big Needle” e “The Big Black” sob o pseudônimo de Symon Myles;

1975 – “The Big Hit” sob o pseudônimo de Symon Myles e ‘The Shakeout” como Ken Follett;

1976 – “Modigliani Scandal” sob o pseudônimo de Zachary Stone; “The Mystery Hideout” como Ken Follett; “The Power Twins” sob o pseudônimo de Martin Martinsen e “Amok: King of Legend” sob o pseudônimo de Bernard L. Ross;

1977 – “Paper Money” sob o pseudônimo de Zachary Stone;

1978 – “Capricorn One” sob o pseudônimo de Bernard L. Ross e “Eye of the Needle”, como Ken Follett, publicado no Brasil pela Record como "O buraco da agulha";

1979 – “Triple”, publicado no Brasil pela Record como "Triângulo";

1980 – “The Key to Rebecca”;

1982 – “The Man from St. Petersburg”, publicado no Brasil pela Record como "O homem de São Petersburgo";

1983 – “On Wings of Eagles”;

1986 – “Lie Down with Lions”;

1989 – “The Pillars of the Earth”, publicado no Brasil pela Rocco como “Os Pilares da Terra” em dois volumes;

1991 – “Night Over Water”;

1993 – “A Dangerous Fortune”, publicado no Brasil pela Record como "Uma fortuna perigosa";

1995 – “A Place Called Freedom”, publicado no Brasil pela Rocco como “Um lugar chamado Liberdade”;

1996 – “The Third Twin”, publicado no Brasil pela Rocco como “O terceiro gêmeo”;

1998 – “The Hammer of Eden”, publicado no Brasil pela Rocco como “O martelo do Éden”;

2000 – “Code to Zero”, publicado no Brasil pela Rocco como “Código explosivo”;

2001 – “Jackdaws”, publicado no Brasil pela Rocco como “Jackdaws: Agentes Especiais”;

2002 – “Hornet Flight”, publicado no Brasil pela Rocco como “O vôo da vespa”;

2004 – “Whiteout”, publicado no Brasil pela Rocco como “Tempo fechado”;

2007 – “World Without End”, publicado no Brasil pela Rocco como “Mundo sem fim”;

A obra é protagonizada pelos descendentes dos personagens de seu romance de maior sucesso, "Os pilares da terra". Desta vez, Follett acompanha a trajetória de quatro crianças que presenciam um crime e se comprometem a mantê-lo em segredo. Apesar das diferenças sociais que os separam em plena Idade Média, pelas três décadas seguintes suas vidas seguem se entrelaçando, em encontros e desencontros que geram todo tipo de sentimento, do maior amor ao ódio mais profundo.


2010 – “Fall of Giants”, publicado no Brasil pela Arqueiro como “Queda de Gigantes”, primeiro livro da trilogia "O Século";

Como em todas as obras de Follett, o contexto histórico foi pesquisado e reproduzido com minúcias, ensinando-nos mais do que o que aprendemos na escola. E, o que é melhor, por meio de uma trama fascinante, com um ritmo de tirar o fôlego e personagens tão ricos que mereciam ter realmente existido. Nos outros livros da trilogia "O Século", novas gerações das mesmas famílias testemunharão outros grandes episódios da história contemporânea.

2012 – “Winter of the World”, publicado no Brasil pela Arqueiro como “Inverno do Mundo”, segundo livro da trilogia "O Século";

O segundo volume, "Inverno do Mundo", lançado em setembro de 2012, tem como pano de fundo a Grande Depressão de 1929 e a Segunda Guerra Mundial.

2012 – “The Pillars of the Earth”, publicado no Brasil pela Rocco como “Os Pilares da Terra” saí em edição especial, capa dura, num único volume, integrando as duas partes da obra;

2014 – “Edge of Eternity”, será publicado no Brasil pela Arqueiro como “Eternidade por um Fio”, último livro da trilogia "O Século";

No terceiro volume, a ser publicado em 16 de setembro de 2014, a trama se passa durante a Guerra Fria.

Aliás, Ken Follett estará na Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2014, sua participação se dará no dia 30 de agosto, no estande da Editora Arqueiro, autografando a os primeiros dois volumes da trilogia "O Século", é aguardada com ansiedade a liberação da venda do terceiro livro para essa data! Só o futuro dirá...

Tradutores para o português Paulo Azevedo, Haroldo Netto e Pinheiro de Lemos.

O Grupo Editorial GMT, acionista da Editora Arqueiro fez declarações na imprensa afirmando que não editará as antigas obras de Follett, apenas os lançamentos.

É pena... Por enquanto, teremos de recorrer à EstanteVirtual.com.BR

Biografia:

Ken Follett: The Transformation of a Writer (ISBN 978-0879727987), escrito por Carlos Ramet, publicado pela editor Popular Press, em novembro de 1990

Mais informações podem ser obtidas nos sítios da Internet:

www.ken-follett.com;
www.sextante.com.br/quedadegigantes

Fora da Estante 1 - "Porque me ufano do meu País", do conde Afonso Celso

Como fui bolseiro de investigação científica da FAPESP, tive que redigir um projeto e fazer uma pesquisa para apresentá-la, sendo assim, comecei a fazê-la e o tema escolhido foi “Brasil: ideia de diversidade e representação social”, graças a familiaridade com o tema que foi tese de doutorado da minha professora de História do Direito, Dr. Lúcia Pintor Santiso Villas Bôas; sendo assim, necessitávamos de uma obra seminal para o pensamento brasileiro, chamada "Porque me ufano do meu País", de autoria do conde Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior (1860-1938), tal obra encabeçava a lista bibliográfica básica da pesquisa cientifica passada pelo orientador.


Comecei então a procura-la nas livrarias, e, para minha surpresa não encontrei sequer um exemplar em livrarias convencionais, o único exemplar que conseguimos foi adquirido em um Sebo, pela bagatela de R$4,00, última edição que foi publicada em 1996, pela Editora Expressão Cultural (EXPED), versão de bolso (ISBN: 9788520802243), com o prefácio de João de Scantimburgo da Academia Brasileira de Letras (ABL).


O mais incrível é que estava disponível apenas a versão americana da obra “Right or Wrong, my Country”.


Publicada originalmente em 1.900, por ocasião das comemorações dos 400 anos do Brasil, foi o primeiro best-seller de nossa historia editorial e continua sendo hoje um clássico da literatura ensaística brasileira. O livro é muito indicado pelos professores dos cursos de História e Geografia, Sociologia e Antropologia, Direito e Relações Internacionais das universidades do país.


Devido à dificuldade de encontrarmos tal obra disponível, colocamos neste blog nosso pedido de reedição da obra supramencionada. Essa se encaixe perfeitamente à linha editorial das grandes editoras brasileiras, Companhia das Letras, Cosac Naify, Civilização Brasileira, Zahar, Paz e Terra, Boitempo, etc.


O número aproximado de páginas é de 240 páginas., num livreto de 10,5 X 13,5 cm; o público a quem o trabalho se destina é imenso, incluindo todos os alunos universitários de Áreas de Ciências Sociais e Humanidades, é extremamente enorme o número de teses, dissertações e monografias e em que a obra é citada, em todas as grandes universidades brasileiras, a saber: USP, PUC/SP e RIO, FGV, UFRJ, UFMG, etc.


O Currículo do Autor:


Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior (Ouro Preto, 31 de março de 1860 - Rio de Janeiro, 11 de julho de 1938) foi um professor, poeta, historiador e político brasileiro. É um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras onde ocupou a Cadeira nº 36. Feito conde pelo Papa e oficial da Legião de Honra.


Nasceu no Estado de Minas Gerais, Ouro Preto, filho de Afonso Celso de Assis Figueiredo (visconde de Ouro Preto), último presidente do Conselho de Ministros do Império, e de Francisca de Paula Martins de Toledo.


Formou-se em direito, em 1880, pela Faculdade de Direito de São Paulo, defendendo a tese "Direito da Revolução".


Foi eleito por quatro mandatos consecutivos deputado geral por Minas Gerais. Com a proclamação da República, em 1889, deixou a política para acompanhar o pai no exílio, que se seguiu à partida da família imperial para Portugal. Afastado da política, dedicou-se ao jornalismo e ao magistério. Divulgou durante mais de 30 anos seus artigos no Jornal do Brasil e Correio da Manhã.


No magistério, exerceu a Cátedra de Economia Política na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Em 1892, ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Após a morte do Barão do Rio Branco, em 1912, foi eleito presidente perpétuo dessa instituição, cargo que ocupou até 1938.


De sua vasta obra merecem destaque os seguintes livros: “Prelúdios”, reunindo uma pequena coleção de poesias de conteúdo romântico publicada quando ele tinha quinze anos de idade (1876); “Devaneios” (1877); “Telas sonantes” (1879); “Um ponto de interrogação”(1879); “Poenatos” (1880); “Rimas de outrora” (1891); “Vultos e fatos” (1892); “O imperador no exílio” (1893); “Minha filha” (1893); “Lupe” (1894); “Giovanina” (1896); “Guerrilhas” (1896); “Contraditas monárquicas” (1896); “Poesias escolhidas” (1898); “Oito anos de parlamento” (1898); “Trovas de Espanha” (1899); “Aventuras de Manuel João” (1899); “Por que me ufano de meu país”, título que gerou críticas e elogios (1900); “Um invejado” (1900); “Da imitação de Cristo” (1903); “Biografia do Visconde de Ouro Preto” (1905); “Lampejos Sacros” (1915); “O assassinato do coronel Gentil de Castro” (1928) e “Segredo conjugal” (1932).


Afonso Celso foi um dos trinta homens de letras que inicialmente constituíram a Academia Brasileira de Letras. Dentre eles estavam nomes como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Machado de Assis, Rui Barbosa e Visconde de Taunay. Dez outros foram eleitos, posteriormente, completando os quarenta fundadores do instituto. Foi presidente da ABL em duas oportunidades: em 1925 e em 1935.



Cartão postal antigo; bilhete postal - old postcard -

tarjetapostalantigua -Editor/publisher M. OROZCO, Rio de Janeiro cerca de 1904)


Rosa colhia sósinha,

Lindas rosas no jardim.

E nas faces também tinha

Duas rosas de carmim.


(Obs. Conservamos a ortografia original, tal como aparece no cartão).


Desde já... Grato!

Fora da Estante

Este post nasceu de um bate-papo num café da manhã com Cassiano Elek Machado, diretor editorial da Cosac Naify, isso lá pelos idos de 2010. 

Fomos convidados pela ilustre promotora de vendas Regiane Lessa para compartilharmos nossa pequenina experiência sobre vendas com o departamento editorial e conhecermos as novidades e destaques para o próximo ano; estivemos junto a livreiros da Cultura, Fnac, Martins Fontes e Vila. 

Éramos poucos os "saraivanos", como somos conhecidos, mas nossa reputação nos precedia. 

Nessa conversa o editor fez questão de comentar sobre sua antiga tarefa como repórter, redator e editor do caderno de cultura "Ilustrada", do jornal Folha de São Paulo, onde, aliás, esteve por dez anos; no entanto, deixou o melhor para o final, contando sobre sua coluna "Fora da Estante" que resenhava obras esgotadas ou nunca editadas por aqui, que considerava importantes para o leitor brasileiro. 

Pois bem, a partir daí germinou a ideia de iniciar uma seção sobre o assunto neste blog. 

Faremos o mesmo, sem a mesma competência é claro, mas faremos. 

Desejem-me boa sorte nesta nova empreitada!

Boas-Vindas...

Estimados Amigos,

É com o maior prazer que lhes damos as Boas-Vindas a esta nova "sala de reuniões" sobre Livros, Livreiros & Cia.

É uma inovação que passa a constituir um pequeno marco na história deste livreiro de apenas duas décadas de vida e de meia pataca de experiência.

Aderimos a esta forma de comunicação na esperança de levar mais longe e mais depressa a nossa presença; mas também para lhe proporcionar, a si, um contato mais cômodo e rápido conosco, através do correio eletrônico.

Iremos privilegiar a informação sobre cada livro, livreiro ou livraria que decidirmos, apresentando aqui uma "versão eletrônica" reduzida, apenas destacando os assuntos mais significativos.

Mas terá a opção de obter a resenha completa aquele que vier ter conosco.

A par desses encontros periódicos e ocasionais, tem agora a possibilidade de consultar também nosso Blog, de âmbito cada vez mais alargado e cuja atualidade procuraremos manter.

Muito obrigado pela vossa visita e pelo vosso interesse.

(adaptado de Nuno Canavez em http://www.livraria-academica.com/boasvindas.htm, Copyright ©)