domingo, 25 de maio de 2014

Fora da Estante 1 - "Porque me ufano do meu País", do conde Afonso Celso

Como fui bolseiro de investigação científica da FAPESP, tive que redigir um projeto e fazer uma pesquisa para apresentá-la, sendo assim, comecei a fazê-la e o tema escolhido foi “Brasil: ideia de diversidade e representação social”, graças a familiaridade com o tema que foi tese de doutorado da minha professora de História do Direito, Dr. Lúcia Pintor Santiso Villas Bôas; sendo assim, necessitávamos de uma obra seminal para o pensamento brasileiro, chamada "Porque me ufano do meu País", de autoria do conde Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior (1860-1938), tal obra encabeçava a lista bibliográfica básica da pesquisa cientifica passada pelo orientador.


Comecei então a procura-la nas livrarias, e, para minha surpresa não encontrei sequer um exemplar em livrarias convencionais, o único exemplar que conseguimos foi adquirido em um Sebo, pela bagatela de R$4,00, última edição que foi publicada em 1996, pela Editora Expressão Cultural (EXPED), versão de bolso (ISBN: 9788520802243), com o prefácio de João de Scantimburgo da Academia Brasileira de Letras (ABL).


O mais incrível é que estava disponível apenas a versão americana da obra “Right or Wrong, my Country”.


Publicada originalmente em 1.900, por ocasião das comemorações dos 400 anos do Brasil, foi o primeiro best-seller de nossa historia editorial e continua sendo hoje um clássico da literatura ensaística brasileira. O livro é muito indicado pelos professores dos cursos de História e Geografia, Sociologia e Antropologia, Direito e Relações Internacionais das universidades do país.


Devido à dificuldade de encontrarmos tal obra disponível, colocamos neste blog nosso pedido de reedição da obra supramencionada. Essa se encaixe perfeitamente à linha editorial das grandes editoras brasileiras, Companhia das Letras, Cosac Naify, Civilização Brasileira, Zahar, Paz e Terra, Boitempo, etc.


O número aproximado de páginas é de 240 páginas., num livreto de 10,5 X 13,5 cm; o público a quem o trabalho se destina é imenso, incluindo todos os alunos universitários de Áreas de Ciências Sociais e Humanidades, é extremamente enorme o número de teses, dissertações e monografias e em que a obra é citada, em todas as grandes universidades brasileiras, a saber: USP, PUC/SP e RIO, FGV, UFRJ, UFMG, etc.


O Currículo do Autor:


Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior (Ouro Preto, 31 de março de 1860 - Rio de Janeiro, 11 de julho de 1938) foi um professor, poeta, historiador e político brasileiro. É um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras onde ocupou a Cadeira nº 36. Feito conde pelo Papa e oficial da Legião de Honra.


Nasceu no Estado de Minas Gerais, Ouro Preto, filho de Afonso Celso de Assis Figueiredo (visconde de Ouro Preto), último presidente do Conselho de Ministros do Império, e de Francisca de Paula Martins de Toledo.


Formou-se em direito, em 1880, pela Faculdade de Direito de São Paulo, defendendo a tese "Direito da Revolução".


Foi eleito por quatro mandatos consecutivos deputado geral por Minas Gerais. Com a proclamação da República, em 1889, deixou a política para acompanhar o pai no exílio, que se seguiu à partida da família imperial para Portugal. Afastado da política, dedicou-se ao jornalismo e ao magistério. Divulgou durante mais de 30 anos seus artigos no Jornal do Brasil e Correio da Manhã.


No magistério, exerceu a Cátedra de Economia Política na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Em 1892, ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Após a morte do Barão do Rio Branco, em 1912, foi eleito presidente perpétuo dessa instituição, cargo que ocupou até 1938.


De sua vasta obra merecem destaque os seguintes livros: “Prelúdios”, reunindo uma pequena coleção de poesias de conteúdo romântico publicada quando ele tinha quinze anos de idade (1876); “Devaneios” (1877); “Telas sonantes” (1879); “Um ponto de interrogação”(1879); “Poenatos” (1880); “Rimas de outrora” (1891); “Vultos e fatos” (1892); “O imperador no exílio” (1893); “Minha filha” (1893); “Lupe” (1894); “Giovanina” (1896); “Guerrilhas” (1896); “Contraditas monárquicas” (1896); “Poesias escolhidas” (1898); “Oito anos de parlamento” (1898); “Trovas de Espanha” (1899); “Aventuras de Manuel João” (1899); “Por que me ufano de meu país”, título que gerou críticas e elogios (1900); “Um invejado” (1900); “Da imitação de Cristo” (1903); “Biografia do Visconde de Ouro Preto” (1905); “Lampejos Sacros” (1915); “O assassinato do coronel Gentil de Castro” (1928) e “Segredo conjugal” (1932).


Afonso Celso foi um dos trinta homens de letras que inicialmente constituíram a Academia Brasileira de Letras. Dentre eles estavam nomes como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Machado de Assis, Rui Barbosa e Visconde de Taunay. Dez outros foram eleitos, posteriormente, completando os quarenta fundadores do instituto. Foi presidente da ABL em duas oportunidades: em 1925 e em 1935.



Cartão postal antigo; bilhete postal - old postcard -

tarjetapostalantigua -Editor/publisher M. OROZCO, Rio de Janeiro cerca de 1904)


Rosa colhia sósinha,

Lindas rosas no jardim.

E nas faces também tinha

Duas rosas de carmim.


(Obs. Conservamos a ortografia original, tal como aparece no cartão).


Desde já... Grato!

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